quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A importância da prova!


Como advogado que sou, amigos sempre me questionam sobre como proceder em determinadas situações. E eu, como aluno aplicado que sou dos ensimamentos de minha mãe, falo assim: Faça prova de tudo o que você precisar. Com as provas, é impossível o cidadão ter problemas.
Em certos casos a falta de prova também é essencial, mas para a prova de fatos negativos contra alguém, conforme a notícia que destaco abaixo. Mas para resumir o pequeno post de hoje, FAÇA PROVAS DE TUDO!!
Abraços!

Falta de prova em processo administrativo disciplinar garante reintegração de analista do TJDFT
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) garantiu a reintegração no cargo de analista judiciário, a um candidato aprovado no concurso público do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O relator do processo, ministro Arnaldo Esteves Lima reformulou o acordão do tribunal, que havia anulado anteriormente a nomeação do candidato, acusado de ter recebido antecipadamente o gabarito da prova.

O TJDFT havia negado o pedido formulado pelo candidato para invalidar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que anulou sua nomeação. O PAD é o procedimento de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos. O acórdão do TJDFT reconheceu a culpa do autor, a partir do conjunto de provas que comprovam a fraude no concurso. Além disso, não havia indícios de ilegalidade no processo de anulação.

Insatisfeito, o candidato recorreu ao STJ reafirmando a inexistência de prova que comprovasse a fraude no recebimento antecipado do gabarito da prova. A defesa afirmou ser nulo o laudo estatístico, elaborado para reconhecer os candidatos com provas idênticas, pois o candidato sequer foi indiciado no inquérito policial para apurar as fraudes no concurso.

A defesa apontou ainda que a Comissão Disciplinar responsável pelo ato era composta de servidores que não possuíam formação específica na área, imprescindível para instrução do PAD.

O ministro Arnaldo Esteves Lima afirmou que o Tribunal reconhece que o controle jurisdicional de atos administrativos, como o que impõe sanção disciplinar a servidor público é amplo e não se limita a aspectos formais como os apresentados.

No entanto, o relator não reconheceu a ilegalidade apontada pelo autor na composição da Comissão Disciplinar, pois o servidor designado para a função já possuía estabilidade no serviço público. Para o ministro o laudo estatístico utilizado também não possui irregularidade, mas serviu apenas como instrumento para iniciar as investigações sobre as fraudes ocorridas.

Em seu voto, o ministro ressaltou que a comissão não poderia levantar decisões com base apenas no laudo estatístico, que deveria estar amparado por outros elementos concretos, que não foram apresentados. Ressaltou que por estar fundado em probabilidades, o laudo não pode ser a única peça a ser apresentada para anular da nomeação em cargo público.
Fonte: Sítio do STJ - www.stj.gov.br - Visita no dia 06/01/2010

Um comentário:

  1. Muito boa esta decisão! Guarde no caderninho de provas!! hehe!

    E acrescento, é importante destacar que no processo administrativo disciplinar, assim como no penal, não se pune como indícios, mas somente como provas inequívocas. Se há dúvida, não deve haver punição, somente a certeza se presta a este fim.

    Abs.

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