quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Time de bola e de coração


Amigos, a emoção da liderança, ainda que momentânea, parcial e não definitiva (que Deus nos ouça e nos leve lá até o fim do campeonato), nos inebria, afinal o torcedor é feito de paixão.
Alguns poucos visitantes devem se recordar de um post que fiz aqui, destacando um texto de um vascaíno, jornalista, que o fez como um conto. Descubro ontem, em reportagem do Sportv News, que esse texto tem servido de estímulo para os jogadores do Casaca.
Confesso aos amigos que sucumbi ao sono e não vi a bela reportagem de Vitorino Chermont. No entanto, pela manhã, de posse do meu celular, consegui ver a reportagem, que muito me emocionou. A frase final da reportagem é marcante e aqui reproduzo: "Esse é o Vasco, time que já mostrou que tem bola e também Coração"

Vamos Vascão, rumo ao título! Hoje a torcida vai fazer um espetáculo maravilhoso contra o Atlético-GO!
Até a próxima!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A música Brasiliense perde um de seus expoentes

Amigos,
Na madrugada de quarta pra quinta, a música Brasiliense perdeu Alencar 7 cordas!
Exímio musico, mestre de muitos outros músicos de Brasilia, vai deixar um vazio no Clube do Choro, no qual era fundador e na sua escola.
Acompanhei as diversas manifestações via internet e nos jornais da cidade e pude ver o quanto ele era querido.
O meu testemunho foi um show, no Clube do Choro, em que o Alencar acompanhou o Dominguinhos, estive lá com meus pais, Irma, cunhado e amigo Jorge e literalmente foi o SHOW. Lembro-me de Felipe e Jorge falarem muito sobre o Mestre e pude perceber a suavidade de seu toque e a qualidade de sus música!
Vai com Deus e proteja todos os seus pupilos.
Abraços a todos

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A alegria de ser vascaíno

Prezados, esse dias li um texto no blog do Vasco no site oglobo.com, do jornalista Cláudio Fernandez que representa fielmente o sentimento de todos os vascaínos após o acontecimento com o treinador Ricardo Gomes. Peço permissão para mostrá-lo por aqui e tenho a certeza de que o final do texto realmente acontecerá.
Abraços a todos

"Caríssimo Ricardo Gomes, anote em sua agenda: em 4 de dezembro, nove dias antes do seu 47º e mais festejado aniversário, você será campeão brasileiro.


Logo após a épica partida contra o Flamengo, ainda enxugando as lágrimas nas mangas de sua camisa preta, você receberá o mais longo, envolvente e inesquecível dos tantos abraços que Carol e Diego já te deram na vida. Um a um, os jogadores repetirão a coreografia e você se enxergará refletido nos olhos vermelhos de cada um deles. E, então, em um gesto talvez sem precedentes na história do futebol, Juninho te chamará ao centro do campo (“s’il vous plâit, monsieur”) e você será o primeiro treinador a erguer uma taça no lugar do capitão do time.

A partir de agora, Ricardo, o futuro está escrito. Durante 19 rodadas, três mágicos meses, uma força descomunal tomará conta de seus jogadores. Absolutamente possuídos, todos serão mais do que são. Cada um será mais do que um. E o velho lugar comum terá de ser repensado. Futebol passará a ser 11 contra 22. Nunca um time correrá tanto, se entregará tanto e vencerá tanto por seu treinador.

Incrédulos, todos se perguntarão como, de que forma, por quê? Não haverá respostas, apenas fatos. Jogo após jogo, a história ocorrerá da mesma maneira. Será mais ou menos assim. Fernando Prass enlouquecerá os atacantes como Jaguaré, saltará como Barbosa, sairá do gol como Andrada, abrirá os braços como Acácio e se colocará como Carlos Germano. Fagner será impetuoso como Paulinho de Almeida, vigoroso como Orlando Lelé, certeiro nos cruzamentos como Paulo Roberto. Dedé, além de Dedé, incorporará Augusto, Bellini, Brito, Mauro Galvão. Renato Silva será o zagueiro-zagueiro, sempre presente nas maiores conquistas do clube, como Miguel, Moisés, Abel e Odvan. Julinho ganhará farda, quepe e nova patente e passará a atender pelo nome de Coronel. Jumar fará no meio e na lateral o que Mazinho fazia na lateral e no meio.

Rômulo ora desarmará e sairá jogando com a classe de Eli, ora será um operário-padrão, daqueles que merecem foto todo mês na parede da firma, como Alcir Portela. Eduardo Costa, acreditem nos poderes da alquimia, desfilará pelo meio-campo tal qual o Príncipe Danilo e dará carrinhos como Luisinho. Bernardo beberá da fonte de Fausto, Friaça, Lelé, Isaías, Geovani, Tita e Pedrinho. A Diego Souza bastará vestir a 10, camisa que, se espremida, dá hectolitros de gols.

Éder Luis será um pouco Maneca, um pouco Ipojucan, cem gramas de Chico, uma pitada de Almir, uma xícara de Jorginho Carvoeiro, uma dose de Mauricinho, um punhado de Bebeto, um frasco de Edmundo e duas rodelas de Euller. Nem precisará levar sal.

Alecsandro e Elton – quem viver verá – chutarão como Vavá, gingarão como Ademir Menezes, explodirão feito Dinamite, descobrirão a quina da pequena área tal qual Romário e terão a estrela de Sorato.


E Felipe e Juninho? Bastará que sejam Felipe e Juninho.

E assim será. Por 19 rodadas. Por três mágicos meses. Um por todos e todos por Ricardo Gomes.

E, então, no dia 4 de dezembro, meus amigos, acontecerá a grande catarse, o inexplicável, o sobre-humano. A cidade será tomada por uma ofegante epidemia. O Vasco conquistará o título em cima de seu maior rival, em um jogo para sempre. E Ricardo Gomes – o garoto das peladas no Portão 18 do Maracanã, o zagueiro de fraque e cartola, uma das melhores índoles que já passaram pelo futebol brasileiro, o treinador que pegou um time destroçado, juntou seus cacos e deu ao torcedor vascaíno habeas corpus para o grito encarcerado na garganta há oito anos – enxugará suas lágrimas nas mangas da camisa preta, receberá o mais longo, envolvente e inesquecível abraço de Carol e Diego e, por alguns instantes, mergulhará em um profundo e aconchegante silêncio, que só será quebrado pela voz de seu capitão: “S’il vous plâit, monsieur”.

Claudio Fernandez