segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu estava lá...


Eu estava lá......
O local era o Estádio Olímpico João Havelange, popularmente conhecido como Engenhão, no Rio de Janeiro. O jogo era Vasco e Flamengo e valia para o Vasco o título do Campeonato. Para o Flamengo, a vaga na Pré-Libertadores.
Eu estava lá.......
Cheguei ao estádio com 2 amigos e logo após se juntaram outros dois, na confiança de que o Vasco faria um grande jogo. O Bar do Quim foi o ponto de encontro e de lá pudemos perceber a chegada da massa vascaína para o jogaço que iria ocorrer.
E eu estava lá......
A compra do ingresso nem chegou a ser uma epopeia como no caso da final da Copa do Brasil (compra em São Januário e envio por Sedex 10 para Curitiba), mas me deixou tranquilo, por teria o meu lugar garantido no grande jogo final, torcendo e incentivando o Gigante da Colina rumo ao título em uma temporada mágica, em que o Vasco se reencontrou com a sua torcida, lutou por todos os títulos os quais disputou, porque time grande faz assim.
E eu estava lá.........
Enfim entrei no estádio. Já era 15:30. Muito pilhado. Cantando todas as músicas com a torcida do Vasco, preocupada única e exclusivamente em apoiar o time. O canto de seremos campeões, o sentimento não pode parar, Vasco da Gama minha paixão ecoavam pelo Engenhão e aumentavam na medida em que a torcida do Vasco enchia a parte que lhe cabia no estádio.
E eu estava lá..........
No primeiro ato do jogo, vêm ao campo Fernando Prass, Alessandro e o meu grande ídolo Carlos Germano, um dos melhores goleiros que vi jogar. Ao terminar o seu aquecimento no gramado, Prass veio em direção à galera, bateu no peito como quem dissesse "Vou dar o sangue hoje" e levantou a massa, que passou a gritar incessantemente até o final do jogo.
E eu estava lá.......
O Vasco subiu ao gramado com a sua faixa de apoio ao nosso comandante, enfileirou-se na faixa contra o racismo e foi se aquecer. Detlahe, ovacionados pela torcida que cantava loucamente o seu amor pelo time.
E eu estava lá.....
Antes do jogo, um pequeno espaço para as homenagens ao Doutor/Magrão, que muito contribui para o futebol brasileiro, seja por sua técnica, seja por seu engajamento político. Vá com Deus Sócrates e torne a pelada aí do céu um pouco melhor.
E eu estava lá.....
O jogo começou com o Vasco dono das ações. E a torcida gritando, empurrando o seu time, indo à loucura a cada lance de perigo do Vasco. Aos 17 minutos, pênalti para o Vasco! Ué, não marcou? Fizemos alguns elogios ao Juiz, à sua mãe, à sua descendência....
E eu estava lá..........
No entanto,com o Vasco melhor em campo saiu o primeiro gol. Felipe toca para Bastos, que encontra Nilton próximo à área. Ele dribla o Fierro e cruza na medida para o Diego Souza. Gol do Vasco, explosão no Engenhão. Muita emoção e lágrimas quase caíram dos meus olhos, ao perceber que, em caso de um gol do Palmeiras, o Vasco seria Pentacampeão Brasileiro.
E eu estava lá.......
O primeiro tempo acabou com vantagem para o Vasco, mas em São Paulo o placar não tinha se movido. E a torcida continuava louca, cantando a plenos pulmões. O segundo tempo começou com o Vasco em cima. Fágner quase fez o segundo em bela defesa de Felipe. No entanto, a maré começou a mudar. em um belo ataque, o Fla empatou o jogo, gol de Renato Abreu. Em São Paulo, Valdivia expulso.
E no RJ, eu estava lá.....
O Jumar foi expulso (chegou atrasado, cansaço nítido), o time sentiu o gol e o físico, mas não deixou de correr. Bernardo ainda teve ótima chance, Prass fez bela defesa em chute do Ronaldinho, mas o jogo acabou empatado, não sem o ridículo espatáculo do Renato Abreu.
E eu estava lá.....
Perto do final do jogo veio o momento arrepiante. Mesmo sabendo que o Corinthians era o campeão, a torcida passou a cantar o seu amor pelo time. Fizemos um ano excepcional. Um começo ridículo, recuperação já no Carioca, o título da Copa do Brasil, o qual eu estava lá, o AVC do Ricardo Gomes, a sua recuperação e luta pela vida, a briga pela Sul-Americana, quando muitos a descartam, a luta pelo Brasileiro, o retorno de ídolos (Juninho/Felipe)e um fim de ano de reencontro com a torcida.
E eu estava lá......
Foi lindo de ver. Arrepiou mesmo! A torcida cantava o seu amor: " O sentimento não para, pois todo vascaíno, tem amor infinito, cantarei de coração: VASCO DA GAMA!" Era o reencontro da galera com o seu time, a hora de extravasar a paixão contida por anos obscuros (vide Eurico Miranda, times sem vontade, jogadores sem identificação, 2 divisão), de mostrar o seu agradecimento por levar o Vasco ao lugar/patamar de onde nunca deveria ter saído.
E eu estava lá.....
Os gritos eram tão altos que sufocavam a torcida do Flamengo que comemorava a sua vaga para a Pré-Libertadores. Pude ver no olho de cada torcedor que estava a minha volta a emoção e o agradecimento por um ano maravilhoso. O grito de campeão ecova pelo Estádio, pois se não éramos campeões de fato, ao menos nos portamos como campeões.
E eu estava lá.....
Surgiram novos herois. Dedé, o Mito. Prass, a muralha. Bernardo, menino emoção. Alecsandro e sua careta. Diego Souza e sua técnica. Rômulo e o seu grande futuro. Fágner, que joga por música. Éder, que tanta falta fez nesse final...... E enfim o grande craque: o time! Que raça, que luta, que empenho, que lindo exemplo que nos deram. O Vasco é um time GIGANTE, que luta por todos os títulos. E isso é um exemplo para o futebol brasileiro.
E eu estava lá.....
Gritando, emocionado e feliz. Não fomos campeões, é verdade. O grito de Vice ecoava do lado rubro-negro. Mas afinal, quem se importa? Ganhamos um time, retomamos uma paixão adormecida, conhecemos herois e ídolos. E o grito de amor da torcida era lindo.
E eu estava lá......
O jogo acabou, a torcida continuava cantando, mas eu tinha que ir embora. Saí do estádio e no caminho do táxi eu assim escutava "Eu sou vascaíno e o sentimento não pode parar" "Vou torcer pro Vasco ser campeão, São Januário meu caldeirão". Continuava arrepiado porque quando eu saí, o jogo já havia acabado a uns 10 minutos. E o canto da torcida continuou por mais uns 15 minutos, no mínimo, tempo necessário para alcançar o táxi.
E eu estava lá......
Voltei pra casa triste, poque não era campeão, mas feliz, porque o meu time tentou, o meu time lutou, o meu time foi motivo de orgulho para a torcida, porque buscou o título com todos os meios possíveis. Não conseguimoes, é verdade. Mas o vice de hoje é o título de amanhã. É a prova cabal de que o Vasco é GIGANTE e se porta como tal. Ontem não deu, mas o caminho é esse. Luta, comprometimento e vontade, sempre, de ser campeão. Como disse o Juninho, time grande é viciado em ser campeão. E esse é o meu Vasco.
E uma coisa eu posso dizer, pois entrando no táxi eu ainda escutava baixinho: " O sentimento não para, pois todo vascaíno, tem amor infinito, cantarei de coração: VASCO DA GAMA!" E ali eu tinha certeza de que tudo não foi sonho.
Porque eu estava lá.................

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Time de bola e de coração


Amigos, a emoção da liderança, ainda que momentânea, parcial e não definitiva (que Deus nos ouça e nos leve lá até o fim do campeonato), nos inebria, afinal o torcedor é feito de paixão.
Alguns poucos visitantes devem se recordar de um post que fiz aqui, destacando um texto de um vascaíno, jornalista, que o fez como um conto. Descubro ontem, em reportagem do Sportv News, que esse texto tem servido de estímulo para os jogadores do Casaca.
Confesso aos amigos que sucumbi ao sono e não vi a bela reportagem de Vitorino Chermont. No entanto, pela manhã, de posse do meu celular, consegui ver a reportagem, que muito me emocionou. A frase final da reportagem é marcante e aqui reproduzo: "Esse é o Vasco, time que já mostrou que tem bola e também Coração"

Vamos Vascão, rumo ao título! Hoje a torcida vai fazer um espetáculo maravilhoso contra o Atlético-GO!
Até a próxima!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A música Brasiliense perde um de seus expoentes

Amigos,
Na madrugada de quarta pra quinta, a música Brasiliense perdeu Alencar 7 cordas!
Exímio musico, mestre de muitos outros músicos de Brasilia, vai deixar um vazio no Clube do Choro, no qual era fundador e na sua escola.
Acompanhei as diversas manifestações via internet e nos jornais da cidade e pude ver o quanto ele era querido.
O meu testemunho foi um show, no Clube do Choro, em que o Alencar acompanhou o Dominguinhos, estive lá com meus pais, Irma, cunhado e amigo Jorge e literalmente foi o SHOW. Lembro-me de Felipe e Jorge falarem muito sobre o Mestre e pude perceber a suavidade de seu toque e a qualidade de sus música!
Vai com Deus e proteja todos os seus pupilos.
Abraços a todos

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A alegria de ser vascaíno

Prezados, esse dias li um texto no blog do Vasco no site oglobo.com, do jornalista Cláudio Fernandez que representa fielmente o sentimento de todos os vascaínos após o acontecimento com o treinador Ricardo Gomes. Peço permissão para mostrá-lo por aqui e tenho a certeza de que o final do texto realmente acontecerá.
Abraços a todos

"Caríssimo Ricardo Gomes, anote em sua agenda: em 4 de dezembro, nove dias antes do seu 47º e mais festejado aniversário, você será campeão brasileiro.


Logo após a épica partida contra o Flamengo, ainda enxugando as lágrimas nas mangas de sua camisa preta, você receberá o mais longo, envolvente e inesquecível dos tantos abraços que Carol e Diego já te deram na vida. Um a um, os jogadores repetirão a coreografia e você se enxergará refletido nos olhos vermelhos de cada um deles. E, então, em um gesto talvez sem precedentes na história do futebol, Juninho te chamará ao centro do campo (“s’il vous plâit, monsieur”) e você será o primeiro treinador a erguer uma taça no lugar do capitão do time.

A partir de agora, Ricardo, o futuro está escrito. Durante 19 rodadas, três mágicos meses, uma força descomunal tomará conta de seus jogadores. Absolutamente possuídos, todos serão mais do que são. Cada um será mais do que um. E o velho lugar comum terá de ser repensado. Futebol passará a ser 11 contra 22. Nunca um time correrá tanto, se entregará tanto e vencerá tanto por seu treinador.

Incrédulos, todos se perguntarão como, de que forma, por quê? Não haverá respostas, apenas fatos. Jogo após jogo, a história ocorrerá da mesma maneira. Será mais ou menos assim. Fernando Prass enlouquecerá os atacantes como Jaguaré, saltará como Barbosa, sairá do gol como Andrada, abrirá os braços como Acácio e se colocará como Carlos Germano. Fagner será impetuoso como Paulinho de Almeida, vigoroso como Orlando Lelé, certeiro nos cruzamentos como Paulo Roberto. Dedé, além de Dedé, incorporará Augusto, Bellini, Brito, Mauro Galvão. Renato Silva será o zagueiro-zagueiro, sempre presente nas maiores conquistas do clube, como Miguel, Moisés, Abel e Odvan. Julinho ganhará farda, quepe e nova patente e passará a atender pelo nome de Coronel. Jumar fará no meio e na lateral o que Mazinho fazia na lateral e no meio.

Rômulo ora desarmará e sairá jogando com a classe de Eli, ora será um operário-padrão, daqueles que merecem foto todo mês na parede da firma, como Alcir Portela. Eduardo Costa, acreditem nos poderes da alquimia, desfilará pelo meio-campo tal qual o Príncipe Danilo e dará carrinhos como Luisinho. Bernardo beberá da fonte de Fausto, Friaça, Lelé, Isaías, Geovani, Tita e Pedrinho. A Diego Souza bastará vestir a 10, camisa que, se espremida, dá hectolitros de gols.

Éder Luis será um pouco Maneca, um pouco Ipojucan, cem gramas de Chico, uma pitada de Almir, uma xícara de Jorginho Carvoeiro, uma dose de Mauricinho, um punhado de Bebeto, um frasco de Edmundo e duas rodelas de Euller. Nem precisará levar sal.

Alecsandro e Elton – quem viver verá – chutarão como Vavá, gingarão como Ademir Menezes, explodirão feito Dinamite, descobrirão a quina da pequena área tal qual Romário e terão a estrela de Sorato.


E Felipe e Juninho? Bastará que sejam Felipe e Juninho.

E assim será. Por 19 rodadas. Por três mágicos meses. Um por todos e todos por Ricardo Gomes.

E, então, no dia 4 de dezembro, meus amigos, acontecerá a grande catarse, o inexplicável, o sobre-humano. A cidade será tomada por uma ofegante epidemia. O Vasco conquistará o título em cima de seu maior rival, em um jogo para sempre. E Ricardo Gomes – o garoto das peladas no Portão 18 do Maracanã, o zagueiro de fraque e cartola, uma das melhores índoles que já passaram pelo futebol brasileiro, o treinador que pegou um time destroçado, juntou seus cacos e deu ao torcedor vascaíno habeas corpus para o grito encarcerado na garganta há oito anos – enxugará suas lágrimas nas mangas da camisa preta, receberá o mais longo, envolvente e inesquecível abraço de Carol e Diego e, por alguns instantes, mergulhará em um profundo e aconchegante silêncio, que só será quebrado pela voz de seu capitão: “S’il vous plâit, monsieur”.

Claudio Fernandez

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vamos Vascão!

É a hora da redenção. Vamos Vascão! Vamos rumo ao título!!

sábado, 26 de junho de 2010

Jogo ruim, 1º lugar garantido


Enfim, foi um jogo ruim!
Péssimo. Jogamos mal, o time foi mal, a porrada comeu solta, de ambos os lados e o jogo foi muito feio. Mas passamos e em primeiro. Tenho convicção do título e o Chile é só mais uma etapa.
Necessitamos alguns cuidados psicológicos. Louvável a atitude do Gilberto Silva em relação ao Felipe Melo e de outros jogadores que reconheceram o excesso.
Por fim, quanto ao jogo contra os lusos, ficou evidente de quanto o Kaká faz falta.. Não bobeie mais meu amigo!
E continua a nossa torcida!
Vamos Brasil!

Quanto às oitavas de final, belo jogo entre Uruguai e Coreia. Muita raça, muita luta e um ótimo jogo, coroado com um belíssimo gol de Suarez, para garantir a classificação uruguaia, merecida, por sinal.
E Gana mantém as chances africanas na Copa. É legal, os caras são divertidos. Vale a pena manter a torcida africana torcendo por um de seus países!!

É isso!
Até mais!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa do Mundo - tá esquentando


No domingo fizemos um belo jogo contra Costa do Marfim. Apresentamos um excelente futebol e se não fosse o vacilo, não teríamos sido vazados.
Como disse o meu amigo Tarso, até o Felipe Melo jogou bem. O Luís Fabiano ressurgiu e fez um belo jogo e estamos trilhando um excelente caminho para o título. Kaká jogou bem demais também.
Pontos negativos, em minha humilde opinião. A postura bélica de nosso treinador, que imagina em sua cabeça uma campanha global contra o seu trabalho, o que não é verdade, e a meninice do Kaká, ao ser expulso. Copa é malandragem também, e o nosso jogador tem rodagem suficiente para não cai na malandragem alheia.
Se fosse m um jogo eliminatório, oitavas de final, por exemplo, teríamos um importante desfalque. Fica a lição.
Quanto aos confrontos já definidos, a Argentina é favorita diante do México. Venceu 3 jogos, tem um time experiente e muito bom, com um ataque letal. Deve levar.
Quanto a Uruguai e Coreia, cravo o Uruguai, time bem montado e que depois de muito tempo dá ao time uruguaio um time de acordo com a sua história. A Coreia não aguentará.
A torcida continua!
Abraços a todos!